Mais um na sociedade style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever"> Existe uma tensão, bastante acentuada no atual contexto, entre a geração que está emergindo e a geração já estabelecida no mercado de trabalho. Até meados da década de 1980, o processo de formação seguia o molde de formatar indivíduos para que eles fossem adaptados à sociedade. Neste sentido, os comportamentos desviantes, que questionavam o modus operandi, eram repreendidos, em alguns casos, com castigos físicos dentro da própria escola. A crítica a este modelo, no qual a criatividade e inovação eram subjugados, está eternizada na música Another Brick in the Wall, da banda Pink Floyd. REFLEXO NO UNIVERSO DO TRABALHO No universo das carreiras, essa mudança aparece na trajetória profissional dos indivíduos. Em um primeiro momento, durante boa parte do século 20, era comum um indivíduo começar a trabalhar e permanecer na mesma empresa até se aposentar. Conforme vamos chegando mais próximo do século 21, permanecer no mesmo ofício continua comum, entretando não raro a pessoa trocar de empresa em busca de melhores condições de vida, tornando atípico permanecer a vida toda no mesmo emprego. Na atual conjuntura, a mudança de emprego e profissão são cada vez mais frequentes, a ponto de uma pessoa iniciar em uma área de atuação, e, no meio da vida, mudar completamente. MUDANÇA DE MENTALIDADE Uma mudança significativa de mentalidade que decorre das transformações sociais, decorre justamente desse ajuste entre estrutura social e individualidade. Em um primeiro momento, como os valores e padrões sociais eram mais fortes que a individualidade, quando ocorria algum fracasso na carreira ou na vida de uma pessoa, a culpa e o peso recaíam sobre o indivíduo que não conseguiu se adaptar à estrutura social. Com o passar dos anos, e de forma bastante intensa nesse momento presente, cada vez mais a culpa sobre o fracasso individual é projetada no ambiente a nossa volta. Ou seja, não raro alguém, que apresenta algum tipo de "problema adaptativo" à estrutura social, como problema de socialização ou de conseguir um emprego, posiciona o peso da sua inadequação social aos fatores externos. O grande problema é que, em um sentido mais profundo, toda tendência social generalizadora, tanto a de creditar o problema de adaptação social ao indivíduo quanto ao externo, é absolutamente falsa, pois negligencia a particularidade das situações. A grande questão por trás disso é que as tendências não dizem qual sociedade é melhor, mas, sim, quais os desafios que a sociedade precisa lidar.
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Dia 11 de agosto style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever"> Nesta semana, se comemorou o Dia do Advogado, em 11 de agosto. A homenagem desta data refere-se aos profissionais responsáveis em representar os cidadãos diante da justiça. Essa comemoração tem origem na criação dos dois primeiros cursos de Direito no Brasil, em 1827, a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo e a Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco, ambas criadas por D. Pedro I. De acordo com a tradição, no dia 11 de agosto os estudantes de Direito festejavam o chamado "Dia da Pendura", quando saíam pelos restaurantes próximos da universidade, consumiam e não pagavam, o que hoje é praticamente inexistente. Vale mencionar que, em algumas regiões do país, ainda comemoram o dia 19 de maio, Dia de São Ivo, padroeiro dos advogados. Obviamente por ser advogada de formação, docente da área e, agora, também gestora de instituição de Ensino Superior, penso que existem motivos para se orgulhar e outros para se preocupar. Em nosso país, a advocacia se transformou em uma corrida de obstáculos, tanto profissionais como financeiros, nem tudo é perfeito. Dificuldades a exemplo de custeio de publicidade para os iniciantes, de entender o processo onde recursos não sobem, por que existem decisões julgadas diferentemente nos tribunais, porém, acredito que isso não é culpa exclusiva do Judiciário, pois o processo é uma ciência técnica, um procedimento que, ao tramitar, se perde na burocracia. Também faz parte a formação completa em um curso superior de Direito, que seja reconhecido pelo MEC, bem como a aprovação no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil, que consiste em duas etapas, um exame escrito, com questões objetivas, e uma prova prática, onde se prova a aptidão técnica e processual. Lembrando que o Direito é a ciência das normas que ajustam as relações entre a sociedade, e quando essas relações não funcionam dentro dos parâmetros estabelecidos, é o advogado que trabalha em prol de nortear e representar seus clientes em qualquer instância, juízo ou tribunal. Eis o nosso orgulho, priorizar os direitos como a vida, a liberdade, o patrimônio e a honra das pessoas envolvidas, representando a justiça, a liberdade e a cidadania para o exercício de uma democracia efetiva. E sabemos que, para chegar aos resultados, muitas foram as noites, fins de semana de estudo e muito trabalho que fazem de nós profissionais comprometidos com o seu dever e têm prazer em ajudar o outro. Além do que, quem se forma em Direito pode fazer concursos públicos nas carreiras jurídicas. E vale dizer que, no dia 11 de agosto, também é comemorado o Dia do Magistrado, das carreiras jurídicas e, ainda, do estudante. E se optar realmente em advogar, poderá se especializar em várias áreas de atuação, como a área digital, econômica, consumerista, civil, empresarial, família, trabalhista, tributária, penal, ambiental, pública, entre outras, sempre no constante aprimoramento. Direito não é direito sem advogados. |